domingo, 6 de junho de 2010

sobre-quedas

Confiando na queda, confiando no outro, confiando no meu corpo; que me sustenta, me aguenta, me dá firmeza e não me nega.

aprendendo a cair sem machucar, aprendendo a cair silenciosamente (por que é que se tem de ruir estrondosamente quando a queda vem?), discretamente. a lição é que temos uma única saída: a que a gravidade aponta. siga ela, sem medo e com vontade. entreeeeeegue-se à gravidade, ela te mostra o caminho. quando mais você se entrega à queda mais prazerosa ela será.
e quanto ao reerguimento.. ele virá cheio de amadurecimentos (hoje ele veio em forma de hematomas, amanhã, de dores, e depois, de maturidade).

aqui, aprendo dia após a dia a silenciar a mente, para que meu corpo - tão mais antigo que a mente - pegue as rédeas de meu atos e me guie. e sigo me surpreendendo com sua inteligência motora. nele eu confio, nele eu me entrego, com ele eu sempre conto. sempre pronta pra um susto, um tropeço, uma queda; sempre pronta para aprender e crescer.

com-tato, com afeto, com ternura e com-paixão.